As coisas nem sempre são o que parecem, especialmente no espaço. As porções mais vazias do céu são muitas vezes aquelas que escondem os mais excitantes segredos. Esta imagem mostra uma brilhante nuvem de poeira cósmica (chamada nebulosa), contrastando com um fundo de estrelas reluzentes. A olho nu, espessas nuvens como esta parecem vazias e escuras, mas algumas são na realidade abrigo das nebulosas mais brilhantes e das mais quentes e jovens estrelas do Universo!
Não é surpresa que as estrelas nasçam dentro de espessas nuvens gasosas, uma vez que são feitas de gás. Mas as nuvens que dão origem a estrelas também bloqueiam a nossa visão de como estas se desenvolvem no seu interior. Felizmente para nós, à medida que se tornam mais quentes e mais brilhantes, as estrelas queimam o gás à sua volta, e aparecem-nos com todo o seu esplendor!
O enxame de estrelas jovens e brilhantes mesmo no centro da imagem é um exemplo perfeito disso. A sua luz azul e brilhante pode ser claramente vista, brilhando, em vez de perder-se dentro dos remoinhos escuros de gás à sua volta. As duas estrelas mais brilhantes nesta foto podem ser facilmente vistas numa noite límpida, com apenas um par de binóculos. Estas são duas estrelas muito jovens, têm menos de um milhão de anos — em termos de estrelas, isso faz com que sejam ainda umas crianças!
Facto curioso
Regiões de nascimento de estrelas, como esta, podem ser enormes! Por exemplo, a nebulosa da Tarântula – que pode ver aqui - onde centenas de estrelas maciças se estão a formar. Se conseguisse enganar a física e viajar à velocidade da luz, levaria 650 anos a atravessá-la!
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Este Space Scoop é baseado no ESO Press Release.
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